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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Por Mariana Coutinho

Mais do que talento ou uma habilidade específica, desenhar exige muito treino e dedicação. Mesmo quem acha que não tem muito jeito com o lápis pode produzir boas imagens se procurar se esforçar para isso. E as novas tecnologias só vieram facilitar a nossa vida nesse sentido. Eu sempre gostei de desenhar, mas nunca tive nenhuma habilidade especial com papel. Errava demais e destruía meus rascunhos com uma borracha nervosa. A solução, para mim, foi tentar desenhar digitalmente.

As tentativas de fazer algo com o mouse foram um fracasso maior do que borrachas eletrônicas poderiam resolver, mas me ajeitei realmente quando comprei um iPad e uma caneta stylus e soltei a mão sem medo.Comecei a usar o Adobe Ideas, um aplicativo para desenho que trabalha camadas. Isso me ajudou de verdade. Primeiro, porque a borracha deixou de ser a vilã e se tornou a melhor das amigas. Segundo, porque as camadas me permitiam ajustes muito mais refinados e infinitas possibilidades.

Com essas novas ferramentas, comecei a desenhar especialmente a partir de fotos. Apenas copiando, ou acrescentando detalhes, cores e novos elementos. Basear-se em outra imagem pode parecer uma grande falta de criatividade, mas tenho tentado ver de outra forma. Meu talento limitado na criação livre em desenho me fez desenvolver minhas próprias maneiras de copiar e reinventar imagens. E isso pode ser bem divertido. O header desse blog mesmo é uma reinvenção de duas fotos.

No vídeo abaixo, mostro como faço desenhos a partir de fotos. Espero que algumas dicas sobre como começar possam inspirar quem sempre quis desenhar mas se achava pouco talentoso pra isso. Algumas coisas só se aprende fazendo. Façamos!

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domingo, 18 de outubro de 2015

Por Mariana Coutinho



Na última sexta-feira (16), o Vivo Rio recebeu o terceiro show da banda escocesa Belle and Sebastian no Rio de Janeiro. O dia que bateu record de calor, trouxe algumas faíscas também para o palco. O show começou com um misto de animação e fofura, combinando os trabalhos mais recentes da banda com uma pegada mais dançante e antigos sucessos para cantar junto e abrir sorrisos espontâneos.

Tudo ia como o programado, até que o vocalista Stuart Murdoch perdeu ligeiramente a paciência e jogou seu violão e um suporte de microfone no chão no meio da execução de "Allie" e saiu destemperado. Enquanto o público se perguntava o que estaria acontecendo, ele rapidamente se recompôs e voltou ao palco para explicar: "Desculpem-me por isso. Eu estou perdendo a voz e isso é muito frustante".

O episódio acabou virando uma piada depois quando Murdoch lamentou ter quebrado o violão dizendo que sua mulher ficaria muito triste por ele ter feito isso. Ao que o guitarrista Stevie Jackson completou: "Acho que triste não é bem a palavra". Depois disso, o show voltou aos trilhos e Murdoch compensou o pequeno piti dando tudo de si no palco e interagindo com os fãs. Ele chegou a andar sobre o público e chamou cerca de 15 pessoas da plateia para dançar com a banda. Um momento especial foi quando uma das meninas que subiram ao palco se empolgou e pegou o microfone para cantar a parte final de "The Boy with the Arab Strap", sendo ovacionada em seguida. Para fechar, a banda escolheu "Get Me Away From Here, I'm Dying" e "The Blues Are Still Blue". No balanço, as surpresas acabaram sendo boas.




domingo, 20 de setembro de 2015

O calor não está dando trégua no Rio de Janeiro nesse primeiro final de semana de Rock in Rio. Por isso, é preciso planejar com cuidado o look para o festival. O estilo é importante, claro, mas os rockeiros de plantão tem que pensar muito no conforto nessa hora. O ideal é um short e uma blusa bem fresquinha - ou um macaquinho, quem sabe? -  e sapatos fechados e confortáveis. Lembre-se, se o look é simples, o lance é caprichar nos acessórios. Separamos algumas ideias tiradas do Pinterest que combinam estilo e praticidade para você se inspirar antes de escolher a roupa para o festival. 

Ah, e não esqueça dos óculos escuros!









sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Por Mariana Coutinho

Escondida nas vielas da Vila Madalena está uma galeria de arte a céu aberto com grafites espalhados por paredes e portões. O Beco do Batman recebeu esse nome nos anos 1980 por conta de um desenho do homem morcego pintado no local. Logo vários artistas tomaram conta das ruas Gonçalo Afonso e Medeiros de Albuquerque influenciados pelo cubismo e por estampas psicodélicas. 

A melhor forma de fazer uma visita ao beco é a pé ou de bicicleta. Para quem pega o metrô, deve saltar na estação N. S Sra de Fátima-Sumaré e andar por uns 15 minutos. Vale a pena levar uma câmera legal para tirar fotos com os grafites. Aqui estão alguns registros meus nesse espaço cheio de energia criativa:
















segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Assistir filmes e ouvir música são ótimas formas de treinar sua compreensão de outra língua, mas para testar mesmo a sua proficiência, nada melhor do que ouvir um nativo falando rápido e fazendo piadas. Por isso, amigos, hoje vamos indicar cinco vloggers franceses para você que está aprendendo essa bela língua.

1. Cyprien

Provavelmente o youtuber mais popular da França, Cyprien faz vídeos de humor falando sobre videogames, reality shows, viagens, redes sociais e outros assuntos cotidianos. Alguns vídeos são bem no estilo do brasileiro Luba TV, em que ele grava em casa encenando histórias e interpretando diversos personagens com adereços. E outros são mais elaborados, com cenários e elenco de apoio.





2. Norman fait des videos

Norman tem um estilo parecido com o Cyprien, mas seu humor é mais ácido. Com ele dá para aprender algumas gírias interessantes.




3. Andy raconte

Andy é engraçada e carismática. Ela costuma falar principalmente sobre tecnologia, vida digital e relacionamentos. A moça fala rápido e conta com a participação de amigos em alguns vídeos.



4. Horia

Horia tem muitos vídeos sobre beleza, mas fala também sobre comportamento, cotidiano e responde perguntas de seus fãs. Os vídeos são um pouco mais longos do que o formato dos youtubers brasileiros, mas, afinal, a ideia é praticar bastante o francês, certo?




5. Natoo

Fechando a lista com mais uma moça! Natoo tem muito em comum com o Cyprien. Ela também faz vídeos de humor com encenação de personagens e gosta de falar de vida digital. Carismática e descolada, Natoo pode te ajudar a praticar o seu francês de uma forma bem divertida.




Bônus: Tive que vir atualizar esse post, porque descobri um novo canal muito interessante. Em "Solange te parle", uma canadense que mora na França fala sobre os mais variados temas de uma maneira muito especial e única. Solange poderia ser a Jout Jout francófana, mas com um ladinho um pouco mais poético. Vale a pena dar uma conferida:





sexta-feira, 3 de abril de 2015

Por Paula Soares


Quando pensamos em Eugene Smith, o que vem à cabeça é imediatamente as palavras Magnum (apesar de já ser conhecido antes mesmo de sua entrada na agência), fotojornalismo fotodocumentarismo. E, por fotojornalismo e documentarismo, entende-se a cobertura da Segunda Guerra Mundial ou outros conflitos e, ainda, os típicos ensaios sociais para a famosa revista Life. Suas fotos são inegavelmente (e incrivelmente) representativas do legado da fotografia humanista do pós-guerra. Uma rápida pesquisa pelo nome do fotógrafo no google faz você encontrar clássicas imagens como estas...




No entanto, um dos trabalhos de Smith que mais me interessam - apesar de pouco mencionado - é o material que originou o Jazz Loft Project. Em 1957, após desistir da carreira na Life e de não estar mais tão satisfeito em fotografar como freelancer, Eugene mudou-se para um loft no número 821 da Sixth Avenue, Flower District, em Manhattan.


E lá passou a documentar reuniões de grandes artistas e músicos, uns já residentes; outros, visitantes. Entre eles, grandes nomes do jazz, como Bill Evans, Thelonious Monk, Hall Overton e Chet Baker. Há registros de que até Dalí (o pintor) entrou na dança, que rendeu mais de 40 mil imagens e 1700 fitas de gravação entre o interior do loft, a cena noturna musical de NY e as paisagens que avistava de sua janela boêmia.








O resultado desses 8 anos de registros de festivas reuniões e intensa vida no lugar (entre 1957 e 1965) chama-se The Jazz Loft Project, e foi dirigido por Sam Stephenson e organizado pelo Center for Documentary Studiesda Universidade de Duke, em parecia com o Center for Creative Photography, da Universidade do Arizona, e a Fundação W. Eugene Smith.

O projeto é um incrível trabalho de catalogação e preservação das fitas, de pesquisa das fotografias e entrevistas com os personagens do loft. É um compêndio de tudo o que acontecia naquele edifício de cinco andares, sem edições e com qualidade impressionante. É possível ouvir desde um solo de cello até um monólogo de Eugene sobre suas fotos da Segunda Guerra.



Agora, delicie-se...

    ♪ acessando o site do projeto, com informações completas (imagens, sons, séries de rádio, blog);
    ♪ comprando o livro, de 2009, na Amazon.com ou pela Martins Fontes, no Brasil (de nada!);
    ♪ lendo uma reportagem maravilhosa, também de 2009, do NY Times;
    ♪ dando uma curtida na página do projeto no Facebook;
    ♪ descobrindo informações a respeito de um documentário sobre o projeto que será lançado pela
       WNYC, mesma produtora das séries de rádio;
    ♪ sabendo como foi a performance-instalação, Chaos Manor, inspirada na história.

O projeto é antigo, eu sei, mas espero que valha para aqueles que ainda não conhecem essa extraordinária história que une o jazz e a fotografia. É uma pena a exposição nunca ter vindo para o Brasil, mas encontrar todas essas coisas na rede é um dos grandes motivos para amar a internet. Fiquem, então, com uma entrevista do diretor do projeto, Sam Stephenson, de dentro do 821 Sixth Avenue.



segunda-feira, 30 de março de 2015

Por Mariana Coutinho


Ilustração de Lena Ker (@lenaker)

Deixada de lado durante muitos anos de hegemonia da fotografia, a ilustração de moda tem ressurgido nos últimos tempos em blogs e principalmente no Instagram. Novos artistas despontam das plataformas online para revistas de moda e propagandas de marcas badaladas. Tradicionalmente, um ilustrador de moda trabalhava captando os looks de desfiles (onde fotógrafos não eram permitidos), criando peças em empresas de design ou talvez produzindo ilustrações para um editorial de revista.

Hoje, a profissão ganha fôlego impulsionada pelas mais recentes possibilidades das mídias digitais. Os novos ilustradores começam divulgando seu trabalho na internet e logo ganham centenas de milhares de seguidores. Então, eles se associam a um agente e conseguem trabalhos em grandes marcas unindo seus dotes artísticos ao conhecimento das novas tendências em moda e design. Se você quer ficar por dentro das novidades dessa área na indústria, aí vão cinco perfis de ilustradores de moda que você pode seguir no Instagram:

1. @paperfashion by Katie Rodgers

Katie é conhecida por seus desenhos classudos representando modelos nas passarelas, sapatos, maquiagem e principalmente seus "shadow dancers". A obcessão de Katie por bailarinas é tamanha que ela as constrói não apenas com tinta mas com elementos do dia-a-dia, de alimentos até pedras. Uma sombra de bailarina rascunhada na espuma do café ou desenhada em uma embalagem. Em seu perfil, a ilustradora posta rascunhos, inspirações e produz até algumas animações com seus traços fluidos e caprichados.





2. @travelwritedraw  by Meagan Morrison

Meagan resume em poucos traços looks de marcas famosas e suas modelos deslumbrantes. Com sua aquarela, ela traz um mar de cores aos desenhos cheios de personalidade. A descontinuidade é sua marca e seu charme. Mais pode ser visto também em seu blog: Travel Write Draw.






3. @jennymwalton por Jenny Walton


Jenny constrói suas imagens com formas geométricas e linhas retas. Seu estilo mais quadrado imprime um tom rascunhado a seus desenhos. O que em nada compromete seu charme. Ela consegue trabalhar estampas complexas de forma simples e clara. Além de seu trabalho, Jenny posta muitas imagens de inspiração e do seu cotidiano em Nova York.







Nadia investe em um desenho mais realista. Seus rascunhos a lápis são hipnotizantes pela singeleza dos detalhes e o cuidado com cada gesto, expressão e olhar. De retratos de ícones da moda, como Twiggy e Cara Delevingne, a looks de passarela e modelos de sapato, a artista apresenta uma variedade de encantadoras ilustrações.

Uma foto publicada por Nadia (@nadiacoolrista) em





5. @lenaker by Lena Ker

A ilustradora russa Lena Ker tem um estilo mais clássico de desenho de moda. Reproduzindo os looks de marcas como Ralph Laurent e Calvin Klein, Lena investe no traço mais figurativo, trabalhando estampas e cores em um estilo que se encaixa bem nas revistas de moda.


Uma foto publicada por Lena Ker (@lenaker) em

Uma foto publicada por Lena Ker (@lenaker) em

Uma foto publicada por Lena Ker (@lenaker) em

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